São imensos os browsers que se podem considerar melhores que o Chrome, mas para já vou apenas referir aqueles que penso serem os mais relevantes, os mais rápidos e, mais importante que tudo o resto, os que não "utilizam" (substituir pelo verbo roubar) a tua informação privada para fins nefastos. Estes são browsers cuja principal preocupação é a tua experiência como utilizador, e não a supremacia económica de um ou outro lobby de corporações.
Há que ter em mente, no entanto, que mudar de browser não significa passar a ter uma protecção a 100%. A própria natureza rizomática da Internet e da distribuição dos seus conteúdos impede que assim o seja, mas usar um browser que garanta apagar os vossos "cookies" e actividades de tracking do vosso computador é meio caminho andado para a segurança.
Usar qualquer um dos serviços da Alphabet é o mesmo que usar o Chrome, já que todos eles estão programados para activamente colectar informações e em troca, bombardear o utilizador com publicidade direcionada.
Na verdade, quando pesquisam no Chrome o que aparece já não são os resultados mais relevantes: são os resultados mais relevantes que correspondem a conteúdos cujo proprietário é... A Google.
Através de centenas de aquisições, a Google é hoje um gigante com um monopólio assustador que ameaça a liberdade individual e a integridade da web, facto que desenvolvo a fundo num outro artigo, disponível em breve (são tantas as pessoas sem ideia real do que acontece quando usam produtos da Google...).
Sem mais demora, eis então três sugestões que considero serem as melhores opções - gratuítas - para quem quer abandonar o Chrome. Para visitarem as páginas oficiais de cada um, basta dar click nos respectivos títulos.
Nas palavras dos próprios:
"Brave is on a mission to fix the web by giving users a safer, faster and better browsing experience – while growing support for content creators through a new attention-based ecosystem of rewards. Much more than a browser, Brave is a new way of thinking about how the web works. Brave is open source, and built by a team of privacy focused, performance oriented pioneers of the web, founded by the inventor of Javascript and co-founder of Mozilla. Join us. It’s time to fix the web together."
Uma versão despida do Firefox que bloqueia todos os scripts e processos escondidos das páginas que visitam, o Tor usa apenas protocólogos HTTPS para aceder a conteúdos e utiliza serves mascarados para que a vossa informação não seja gravada localmente quando utilizam uma diversidade de sites (se não é gravada, não pode ser facilmente acedida). Geralmente associado a acessos à deep web, este browser oferece segurança e rapidez, garantindo ser muito mais difícil para um webmaster ou hacker descobrir, por exemplo, a vossa localização. É desenvolvido e actualizado por voluntários de todas as partes do mundo, e dos três que aqui sugiro é o que tem a Interface de Utilizador menos interessante, tendo um leve cheiro a anos 90.
Não há muito a dizer: o velho Firefox pode estar longe de ser o mais rápido, mas continua a ser uma boa escolha de browser: a encriptação constante de informação sensível e a possibilidade de aceder à rede da TOR garantem uma navegação bem mais protegida do que o Chrome. Corre em praticamente todos os sistemas e dispositivos e é facilmente encontrado, sendo ainda um dos browsers mais utilizados em todo o mundo. Se o browser básico não for suficiente, podem sempre instalar add-ons que visam aumentar ainda mais as capacidades de defesa do vosso Firefox. Usam? Não deixem de usar.